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Mercado digital: crescimento sem tendência.

O mercado digital vive um momento de franca expansão, muitas apostas, mas nenhuma tendência definida como o próximo boom: poderá vir da mobilidade, da convergência, das redes, de tudo isso junto, ou de um novo modelo ainda a surgir.

É a opinião do diretor do IAB Brasil, Ari Meneghini, que palestrou no Digitalks, em Porto Alegre, nesta terça-feira, 03.

“O que se tem como maiores tendências, atualmente, são temas como a convergência, o controle da rede, os conteúdos pagos… Mas tudo isso está em movimento”, afirmou Meneghini. “A convergência, por exemplo: quem sabe o que será caixa-preta? Já se falou muito no celular como base de todas as mídias, mas não é: hoje, a convergência depende do ambiente e do uso”, destacou.

O especialista explica: para quem está em um ambiente como um bar, por exemplo, o ponto convergente é o celular, por onde navega na web, se comunica, acessa conteúdos de que precisa, paga contas, etc. Se está em casa, tudo isso passa para o computador.

“Até mesmo consoles de games podem ser pontos de convergência… Tudo varia, não se chegou a um consenso sobre isso ainda”, ressaltou Meneghini.

O controle da rede é outro tema pendente de uma tendência definida, segundo o diretor do IAB Brasil. Para ele, é difícil determinar o que irá comandar este ambiente, se haverá total confluência dos veículos e mídias para web ou se a solução será a coexistência destes conteúdos em diversas plataformas.

“Há, ainda, a disputa entre as mídias pagas e gratuitas. O que pode ser visto como tendência hoje, em uma realidade em que por mais que haja, digamos, uma notícia paga, a mesma é retransmitida gratuitamente por usuários do Twitter?”, questionou.

Entretanto, a falta de definições quanto às tendências não contém o crescimento do mercado digital: em 2009, a Internet foi a mídia que mais cresceu no Brasil, com índice de 25,2% acima do ano anterior. Expansão também no segmento publicitário: de maio do ano passado para o mesmo mês deste ano, os investimentos em marketing online cresceram 34,05%, perdendo apenas para a TV aberta, cuja expansão foi de 34,76%.

Já para 2010, a estimativa é que 73,7 milhões de pessoas acessem a web no país. “Porém, este é um número que já devemos ter atingido. Creio que possamos fechar o ano na casa dos 80 milhões de pessoas”, afirmou Meneghini.

Mais gente acessando a rede, mais investimento em busca da qualidade: segundo o IAB, as conexões de banda larga somavam 11,3 milhões, no mercado residencial brasileiro, em 2009. Este ano, a previsão é que o número chegue a pelo menos 15,5 milhões.

Além da qualidade de banda, os consumidores também deverão investir cada vez mais em dispositivos: atualmente, já são 11,1 milhões de celulares 3G em uso no Brasil. Já em relação aos smartphones, as vendas cresceram 15,1% no país em 2009.

Fonte: Site Baguete

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